Por Pr. Rilson Mota
Na madrugada de 27 de fevereiro de 2025, o bairro Santa Izabel, em Pitanga, transformou-se em um palco de sombras e corridas inesperadas. Às 03h30min, enquanto a cidade dormia sob um céu quieto, os olhos atentos da Polícia Militar avistaram um Renault Symbol branco, porta aberta como um convite ao mistério, estacionado em frente a uma casa onde dois homens conversavam na penumbra. O que parecia apenas uma cena de insônia virou um enredo de suspeita, crime e uma fuga que não deu certo.
A trama começou a se desenrolar quando um dos homens, ao perceber os faróis da viatura, correu para o veículo e arrancou em disparada, deixando o outro desaparecer dentro da casa como um espectro. A polícia, com o instinto afiado de quem conhece as ruas, seguiu o rastro do Symbol, acendendo luzes e soltando sirenes que cortaram a noite. Mas o condutor, um homem de 58 anos, parecia decidido a transformar a fuga em sua grande jogada — até que a insistência da perseguição o fez ceder.
Quando o carro finalmente parou, o motorista saiu tropeçando em palavras que não formavam frases, com um jeito que gritava algo além do nervosismo. Os policiais, firmes como sentinelas, pediram explicações, mas ele respondeu com o corpo: disparou em uma corrida desajeitada, como quem tenta apagar um erro com os pés. Em meio à fuga, retirou da boca dois pequenos pacotes e os jogou ao chão, um gesto que entregou o segredo antes que ele pudesse sumir.
A perseguição não durou muito. Os policiais alcançaram o homem, que resistiu como um animal acuado, forçando a equipe a usar força controlada para dobrá-lo. No chão, os objetos descartados revelaram-se duas porções de substância análoga a crack, pesando 1 grama — um punhado pequeno que carrega o peso de um crime. O Renault Symbol, vistoriado, ficou mudo, sem esconder mais nada, mas o motorista já havia falado demais com suas ações.
Santa Izabel, um bairro simples onde o dia começa cedo e a noite deveria ser calma, viu-se no centro de uma narrativa que Pitanga não esperava. Esse homem de 58 anos, talvez um avô para alguém, transformou a tranquilidade da madrugada em uma caçada que expôs o submundo das drogas. O crack voador, cuspido em desespero, é um símbolo de como o vício e o crime se infiltram até nas ruas mais quietas.
A prisão foi o fim da linha para essa aventura noturna. Levado à delegacia com os 1 grama de crack como prova, o condutor agora enfrenta o peso da lei — não só por portar drogas, mas por tentar vendê-las ou fornecê-las, uma suspeita que os gestos na casa e a fuga apressada sugerem. Enquanto isso, o outro homem, que sumiu na residência, segue como um ponto de interrogação na história que a polícia ainda quer responder.
Aos leitores do Amor Real Notícias, entregamos esse conto da madrugada com a força que ele merece: uma perseguição que vai além das ruas, um olhar que rasga o véu da normalidade em Pitanga. Esse é o Brasil real, onde o crime não dorme, mas a justiça também não. O Renault Symbol ficou para trás, mas o crack e o condutor são lembranças de uma noite que Santa Izabel não vai esquecer tão cedo.
Pitanga, com seus 30 mil habitantes e jeito de interior, viu o esporte da violência ganhar mais um round — não contra uma mulher, mas nas sombras de um tráfico que corrói a cidade por dentro. O Amor Real Notícias está aqui para contar essas histórias, com vocês, até que as madrugadas sejam só silêncio — e o crack voador, apenas uma memória de um jogo que ninguém venceu.
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