Por Pr. Rilson No coração do Brasil, onde as leis deveriam ser o escudo das cidadãs, a violência contra a mulher segue como uma ferida aberta que sangra diariamente. Em 22 de fevereiro de 2025, o Senado Federal recebeu uma proposta que pode mudar esse cenário sombrio: o PRS 5/2025, assinado pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), quer dar prioridade na pauta de votação a projetos que enfrentem essa epidemia de agressões, ameaças e feminicídios que envergonha a nação. É um grito urgente contra um mal que não espera mais discursos vazios.
A iniciativa nasceu em 19 de fevereiro, quando Soraya, em entrevista à TV Senado, expôs a lentidão do Congresso em lidar com a pauta feminina. “Chegamos a esse ponto: estamos implorando”, disse ela, com a voz carregada de indignação, lembrando o caso de Vanessa Ricarte, jornalista assassinada em fevereiro por um feminicida com 13 inquéritos nas costas — um monstro que a justiça deixou solto para matar. Esse é o retrato brutal de um Brasil que falha com suas mulheres todos os dias.
Guarapuava, no Paraná, é apenas um microcosmo dessa tragédia nacional. Na mesma semana, no bairro Jardim das Américas, um tiroteio entre machões armados deixou uma criança de 9 anos ferida e um homem de 44 anos morto, mas a raiz dessa violência muitas vezes começa em casa, onde mulheres são as primeiras vítimas. No bairro Bonsucesso, uma jovem de 25 anos foi espancada por um convivente bêbado; no bairro São Cristóvão, uma idosa de 69 anos viu seu filho de 38 anos descumprir uma medida protetiva. Esses casos são o eco de uma epidemia que não poupa idade ou endereço.
O Brasil de 2025 vive sob o peso de estatísticas que congelam o sangue. Em 2023, foram 258.941 casos de violência doméstica registrados, e os números só cresceram desde então. Cada bairro, cada cidade, tem sua história: em Tabira, Pernambuco, o pequeno Arthur, de 2 anos, foi morto por violência doméstica; em Maceió, uma mulher foi esfaqueada pelo marido. Esses machões, que se inflama de cachaça ou arrogância, acham que o lar é seu campo de guerra, e as mulheres, seus alvos.
A senadora Soraya Thronicke não está pedindo favores; ela está exigindo justiça. O PRS 5/2025 quer que projetos como o PL 1.548/2023, que aumenta a pena para feminicídio a até 30 anos, ou o PL 2.748/2021, que prevê monitoramento eletrônico de agressores, deixem as gavetas e virem lei. “É surreal que um criminoso com 13 inquéritos ainda mate”, disse ela, apontando a falha grotesca de um sistema que deixa mulheres à mercê de seus algozes.
Essa epidemia tem raízes profundas. A cultura machista, que ainda glorifica o “homem de verdade” que manda e desmanda, é o solo onde a violência floresce. Em Guarapuava, o filho que invade a casa da mãe no bairro São Cristóvão é o mesmo que aprendeu que desrespeitar é direito seu. No Senado, Soraya e a Bancada Feminina sabem: sem prioridade, as leis ficam no papel enquanto corpos se acumulam.
A violência contra a mulher não é um drama caseiro; é uma crise nacional que se espalha como fogo. Em 2023, o Brasil respondeu por 40% dos feminicídios na América Latina, e em 2025, o Mapa Nacional da Violência de Gênero mostra 584 assassinatos só em janeiro. Esses números não mentem: a cada duas horas, uma mulher morre porque alguém acha que pode matá-la.
O caso de Vanessa Ricarte é um soco no estômago. Um homem com histórico de tentar matar o próprio irmão seis vezes foi deixado livre para ceifar a vida dela. Em Guarapuava, a idosa de 69 anos só escapou porque um filho a protegeu contra outro. Esses machões não são super-homens; são covardes que a impunidade protege, e o Senado precisa parar de fingir que isso é aceitável.
A proposta de Soraya é um divisor de águas. Dar precedência a projetos de combate à violência de gênero significa reconhecer que mulheres não podem mais esperar. O PL 994/2024, de Nelsinho Trad (PSD-MS), quer suspender salários de agentes públicos afastados por agressão; o PL 2613/2024 garante guarda provisória aos filhos de vítimas. Essas leis estão prontas, mas engavetadas, enquanto o relógio da morte não para.
A epidemia em Guarapuava espelha o Brasil: no bairro Alto Cascavel, uma mulher teve a cabeça esmagada no chão; no Bonsucesso, outra levou socos de um bêbado. Esses homens, que se acham reis da casa, são o veneno que mata aos poucos — e às vezes rápido, como no Jardim das Américas, onde a violência doméstica transborda pras ruas e fere até crianças.
A Bancada Feminina do Senado, reunida pela primeira vez em 2025 no dia 19, decidiu que março não basta. “Vinte projetos meus estão parados”, reclamou Soraya, recusando-se a aceitar mais promessas vazias. Ela fala por mulheres como a do bairro São Cristóvão, cujo filho virou seu carrasco, e por Vanessa, que nunca terá voz novamente.
Essa violência é uma vergonha nacional que o Senado tem o poder de enfrentar. A proposta de Soraya não é um pedido; é uma ordem moral. Cada dia que o Congresso hesita, uma mulher morre — e muitas outras, como a jovem de Bonsucesso, vivem com o medo como companhia. O machão que ameaça, bate e mata não é um mito; é real, e está em cada esquina do Brasil.
Guarapuava e o país inteiro clamam por ação. A polícia prende, como fez no bairro São Cristóvão, mas isso é remendo numa ferida que sangra há décadas. O Senado precisa aprovar o PRS 5/2025 e dar vida às leis que estão mofando, porque medidas protetivas violadas e feminicídios impunes são o grito de uma epidemia que não podemos mais ignorar.
Aos leitores do Amor Real Notícias, nossa missão é clara: trazer a verdade com força e sem rodeios. Vocês nos inspiram a ir além, e aqui está o recado: essa violência contra a mulher é uma guerra que o Brasil está perdendo, mas que pode vencer — se o Senado parar de engavetar e começar a agir.
Chega de tolerar covardes que destroem vidas. Soraya Thronicke e as mulheres de Guarapuava, do Brasil, merecem mais que promessas — merecem leis que protejam, punam e mudem essa realidade. Que o Senado ouça, que Guarapuava se levante, e que essa epidemia vire história de um passado que nunca mais queremos repetir.
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