Por Pr. Rilson Mota
Vocês, leitores do Amor Real Notícias, jogaram uma pedra no lago calmo da nossa redação: “Por que a violência contra a mulher está crescendo em Guarapuava?” Em 2025, as ruas do bairro Alto Cascavel e do Distrito Jordão sussurram respostas em códigos que não cabem nas linhas comuns. Agradecemos seus elogios, que são nosso fogo, e suas críticas, que são nosso vento — juntos, estamos escrevendo uma história que rasga o véu da mesmice, e hoje dançamos com as sombras para revelar o que elas escondem.
Imaginem Guarapuava como um palco antigo, onde as luzes tremulam e os atores, nós todos, giram em um espetáculo que não escolhemos. As cortinas se abriram em 7 de outubro de 2023, quando o Brasil viu 258.941 casos de violência doméstica, segundo o Anuário de Segurança Pública. Aqui, em 2025, os refletores capturam cenas como a de uma mulher de 68 anos, com a cabeça contra o asfalto, ou outra de 37, expulsa com seus filhos. Mas por que o ritmo dessa dança macabra acelera?
Não é apenas uma questão de números; é uma coreografia de forças invisíveis. A cidade respira um ar denso, onde a economia é um tambor que bate fora do compasso. Os grãos de soja e milho, orgulho de Guarapuava, enfrentam mercados instáveis, e o dinheiro que não chega às mesas vira um grito preso que homens ecoam em casa, como o agressor do Jordão, embriagado por mais do que álcool.
As ruas, como fios de um tear, estão sendo esticadas além do limite. Guarapuava cresce, seus bairros se expandem, mas os espaços para respirar encolhem. Em bairros como Santana ou Santa Cruz, a urbanização é um dançarino desajeitado, empurrando famílias para cantos onde a tensão ferve, e as mulheres, muitas vezes, são o alvo de uma frustração que não sabem nomear.
Há uma melodia antiga tocando ao fundo, um refrão que sussurra que o lar é o reino do homem. Em 2025, essa canção desafinada ainda ecoa em Guarapuava, onde tradições mal interpretadas viram correntes. O caso do bairro Alto Cascavel, com o homem de 57 anos esganando sua parceira, é um verso dessa música que precisamos calar, mas que insiste em soar alto demais.
A tecnologia é o novo parceiro dessa dança, mas seus passos são traiçoeiros. Em um mundo de telas, o WhatsApp e o Instagram viram espelhos distorcidos, refletindo ameaças que saltam do virtual para o real. Em Guarapuava, o stalking digital, que cresceu 34,5% no Brasil em 2023, é um ritmo que embala a violência antes que ela exploda em punhos e gritos.
As sentinelas da cidade, como o 16º Batalhão da PM, dançam com bravura, mas o palco está mal iluminado. A prisão de agressores é um aplauso merecido, mas a falta de abrigos e redes de apoio é uma falha no roteiro. Sem um refúgio, mulheres como a do Distrito Jordão voltam ao mesmo compasso de medo, e a violência ganha mais uma volta.
A educação, que deveria ser o maestro, perdeu a batuta. Em Guarapuava, as escolas não entoam hinos de respeito mútuo com a força necessária, e os jovens crescem sem aprender os passos de uma dança diferente, onde a harmonia substitui o domínio. Sem essa trilha, os velhos acordes da violência ecoam sem fim.
A subnotificação, um dançarino mascarado, está saindo do palco. Em 2023, 61% das vítimas nacionais ficaram caladas, mas em Guarapuava, mulheres como a de 68 anos estão trocando o silêncio por denúncias. Esse despertar é um tambor que ressoa mais alto, revelando o que antes se escondia nos bastidores da cidade.
A pandemia deixou ecos que ainda balançam as cortinas. O isolamento de 2020 a 2022 virou uma dança forçada com agressores, e em Guarapuava, esse ritmo não parou. Famílias presas em espaços pequenos aprenderam passos de tensão que continuam a soar em 2025, como um eco que não encontra saída.
A comunidade é um coro desafinado. Testemunhas como a inquilina do Alto Cascavel gravam a verdade, mas muitos ainda preferem o silêncio ao canto da denúncia. Em uma cidade que pulsa com laços fortes, Guarapuava precisa afinar suas vozes para expulsar os dançarinos errados do palco.
O poder público toca uma nota tímida. A Lei Maria da Penha é uma partitura sólida, mas sua execução em Guarapuava depende de mais músicos — políticas de prevenção, apoio psicológico, campanhas que cheguem às esquinas mais distantes. Sem isso, o espetáculo da violência segue com aplausos indesejados.
Aos leitores do Amor Real Notícias, nosso agradecimento é uma reverência. Seus elogios nos erguem, suas críticas nos guiam, e juntos estamos desenhando um novo ato, longe da mesmice. Vocês nos inspiram a dançar com as palavras, a iluminar o que ninguém quer ver, e a buscar respostas que transformem.
Então, por que a violência contra a mulher cresce em Guarapuava? Porque o palco está lotado de dançarinos descompassados — economia instável, cultura distorcida, tecnologia traiçoeira, educação muda e silêncios quebrados tarde demais. Mas esse não é o fim da peça; é o começo de uma coreografia nova, onde cada um de nós pode mudar o ritmo.
Esta reportagem é um manifesto em movimento. Que Guarapuava troque as sombras por luzes, que o Amor Real Notícias seja o tambor que chama vocês para o palco, e que juntos coreografemos um futuro onde mulheres dancem livres, não acorrentadas. Vamos girar essa história até que a violência seja apenas um eco apagado do passado.
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