Por Pr. Rilson Mota
Na noite de 18 de fevereiro de 2025, o bairro Jordão, em Guarapuava, tornou-se o cenário de uma tragédia que começou com a simplicidade de uma caçada entre amigos e terminou em luto e arrependimento. Às 22h34min, a polícia foi chamada para um local onde a alegria de uma aventura noturna se transformou em um pesadelo irreversível.
Um homem de 30 anos, em meio ao silêncio rompido por sirenes, confessou ser o protagonista involuntário de um acidente fatal. Ele relatou que, durante uma caçada com amigos, portava uma carabina calibre .22 e uma pistola Glock 9mm, enquanto outro amigo carregava uma espingarda calibre 12. A noite parecia promissora até que uma lebre cruzou seu caminho.
Com um disparo preciso da carabina, o homem atingiu o animal, um momento de triunfo que logo se dissipou. Um amigo de 27 anos, animado para pegar a presa, aproximou-se da lebre, mas foi nesse instante que um segundo tiro, disparado pelo mesmo caçador, encontrou um alvo inesperado: o peito do jovem, transformando a caçada em uma cena de horror.
A tentativa de socorro foi imediata, mas caótica. O ferido foi colocado na caçamba de uma caminhonete, enquanto o grupo corria contra o tempo para levá-lo a um hospital. A distância e um veículo que falhou no meio do caminho complicaram a missão, forçando-os a chamar o SAMU, que encontrou o homem em estado crítico à beira da estrada.
A equipe médica lutou para reanimá-lo, mas o esforço foi em vão. A médica plantonista declarou o óbito, encerrando uma vida que minutos antes vibrava com a adrenalina da caça. No veículo, a polícia encontrou a pistola Glock 9mm, uma testemunha silenciosa do que havia ocorrido.
A investigação levou os policiais à chácara onde a caçada começou. Lá, apreenderam a espingarda calibre 12, a carabina .22 e munições, tanto intactas quanto deflagradas, peças de um quebra-cabeça que agora precisava ser montado para entender como uma noite de diversão virou tragédia. O autor, preso por porte ilegal de arma e pelo disparo fatal, foi levado à Delegacia de Polícia Judiciária.
O Jordão, um bairro que raramente vê tais eventos, acordou com a notícia de uma perda que poderia ter sido evitada. A caçada, um passatempo entre amigos, revelou os perigos de armas em mãos despreparadas e a fragilidade da vida em meio à busca por aventura.
Para os moradores, a história é um alerta sobre os limites entre diversão e irresponsabilidade. O som dos disparos, que ecoou na noite, agora ressoa como um chamado à reflexão sobre a segurança e o uso de armas, especialmente em atividades que misturam adrenalina e risco.
O jovem de 27 anos, cuja identidade permanece protegida, deixou para trás amigos que nunca imaginaram que um tiro em uma lebre pudesse custar tão caro. A comunidade, unida pelo choque, agora busca consolo e respostas, enquanto a justiça toma seu curso para atribuir responsabilidades.
Esta reportagem é mais do que um relato de uma morte acidental; é um grito contra a banalização das armas e um apelo para que o Jordão e Guarapuava aprendam com esta tragédia. Que a memória do jovem caçador inspire mudanças que garantam que uma noite de caça nunca mais termine em lágrimas e silêncio eterno.
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