Por Pr. Rilson Mota
Na tarde do último domingo (19), um episódio de violência doméstica deixou moradores do bairro Santana, em Guarapuava, em estado de alerta. O chamado foi registrado por volta das 13h, quando vizinhos contaram uma situação de ameaça envolvendo um homem de 36 anos, armado com uma faca, e sua própria família. O episódio evidenciou a delicada realidade enfrentada por famílias que convivem com a dependência química e os desafios de lidar com a violência dentro do lar.
Tensão em família
O cenário foi tenso quando a polícia chegou à residência. O homem, descrito como visivelmente alterado, estava em frente à casa da mãe, de 62 anos, com quem havia discutido. A vítima, que já estava em prantos, precisou de atendimento médico após uma crise de ansiedade desencadeada pelas ameaças constantes do filho. Ao lado dela, a irmã do agressor, uma jovem de 24 anos, relatou que o irmão, usuário de crack, é conhecido por episódios recorrentes de agressividade.
Ameaças e tentativa de ataque
De acordo com a irmã, a situação aumentou quando o agressor, munido de uma faca, tentou atacar na região do peito. O ato foi impedido a tempo, mas as marcas de medo ficaram evidentes em rostos de familiares. Apesar das constantes ameaças, o homem não reside na mesma casa que as vítimas, mas faz visitas frequentes, muitas vezes sob efeito de drogas.
Intervenção rápida
A chegada da polícia foi fundamental para conter a situação. O homem já havia se desarmado quando os agentes chegaram, mas continuou agitado e hostil. Ele não resistiu à abordagem e foi algemado para garantir a segurança de todos. Durante o processo, foi constatado que ele apresentava hematomas nas costas, aparentemente adquiridos antes do ocorrido, o que gerou ainda mais preocupação sobre seu estado físico e mental.
Mãe socorrida pelo SAMU
A mãe, visivelmente abalada, precisou ser socorrida pelo SAMU e foi encaminhada para atendimento médico. Segundo relatos, uma idosa sofre de ansiedade e tensão recorrente com o comportamento do filho tem agravado sua saúde. Para os profissionais que atenderam a ocorrência, o episódio reforça a necessidade de suporte psicológico e social às famílias que enfrentam situações semelhantes.
Encaminhamentos necessários
O agressor foi levado inicialmente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Batel, onde recebeu os primeiros atendimentos médicos devido à sua melhoria. Em seguida, ele foi encaminhado à Delegacia da Polícia Judiciária para os procedimentos legais cabíveis. A polícia agora investiga a situação do caso e o histórico de violência na família.
Reflexos da dependência química
Casos como estes evidenciam os desafios enfrentados por famílias que convivem com dependentes químicos. A irmã do agressor destacou que os episódios de agressividade são frequentes e que a convivência com o irmão tornou-se insustentável. “A gente tenta ajudar, mas ele não aceita tratamento. Só aparece para nos ameaçar”, desabafou.
Comunidade em alerta
Os vizinhos, que acionaram a polícia, destacaram que esta não é a primeira vez que uma casa é palco de confusão. “Já ouvimos gritos antes, mas desta vez parecia mais sério. Não podíamos ficar sem fazer nada”, relatou uma vizinha que preferiu não se identificar.
Desafios do sistema
O caso reforça a importância de políticas públicas externas para o tratamento de dependentes químicos e o apoio às famílias que convivem com a violência doméstica. Segundo especialistas, a falta de estrutura para tratar os casos como esse contribui para a perpetuação do ciclo de agressividade e medo.
Final em aberto
Embora a situação tenha sido contida naquele momento, o futuro da família permanece incerto. As vítimas agora aguardam que as autoridades tomem medidas para garantir sua segurança e buscar soluções que possam reverter a situação do agressor.
Em Guarapuava, histórias como essa destacam a complexidade da violência doméstica, que vai além do ato físico e atinge o psicológico e emocional de toda a família. Enquanto a justiça segue seu curso, a comunidade espera que esse episódio seja um passo para a permanência da paz no lar e o acesso ao tratamento adequado para o agressor.
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