Por Pr. Rilson Mota
A manhã desta terça-feira (14) começou de forma inusitada e preocupada em Guarapuava. Por volta das 8h06, um homem em situação de rua, de 31 anos, foi atropelado enquanto dormia na área de embarque e desembarque de uma escola no bairro Cascavel. O destacou a importância de garantir espaços adequados para pessoas em situação de vulnerabilidade e reforçou o alerta para cuidados no trânsito em locais movimentados.
O Acidente
O homem estava dormindo no chão, com parte de seus pés posicionados na área onde veículos transitam para deixar e buscar alunos. Um Renault cinza, que faz a manobra de desembarque, acabou passando por cima de um dos pés do homem, causando dor intensa e imobilidade momentânea.
“Eu não percebi que ele estava ali. Ao ouvir o grito, percebi que havia algo errado. Foi um susto enorme para mim também”, relatou o motorista, que ficou no local para prestar assistência.
A Situação da Vítima
Visivelmente abalado, o homem relatado não conseguiu movimentar os pés por conta da dor e precisou de atendimento médico imediato. A Polícia Militar, ao chegar ao local, acionou o SAMU, que facilmente encaminhou a vítima para um hospital da cidade.
“Eu estava dormindo ali porque é um lugar coberto e mais seguro para passar a noite, mas nunca imaginei que algo assim pudesse acontecer. Meus pés estavam para fora e não vi o carro chegando”, contou a vítima, ainda com dificuldade para se manifestar devido à dor.
O Local do Incidente
A área de embarque e desembarque da escola é frequentemente movimentada durante os horários de entrada e saída dos alunos. Apesar de ser um local reservado para veículos, é comum que pessoas em situação de rua busquem refúgio nesses espaços durante a madrugada.
“O problema é que essas áreas não foram feitas para isso, mas entendemos que, para quem não tem onde ficar, qualquer abrigo parece seguro. É uma situação triste e que precisa ser resolvida com políticas públicas de assistência”, disse um morador.
Ação das Autoridades
Além de encaminhar a vítima para o hospital, a Polícia Militar registrou a ocorrência e orientou os envolvidos. O motorista, que não é local, demonstra preocupação com o estado de saúde do homem e se coloca à disposição para ajudar no que for necessário.
“Foi uma fatalidade, disse outro morador. Não foi intencional, mas precisamos estar atentos a tudo ao nosso redor, especialmente em locais movimentados como esse”.
Assistência Social em Foco
O caso reacendeu o debate sobre a necessidade de espaços seguros e abrigos adequados para pessoas em situação de rua em Guarapuava. Os especialistas apontam que incidentes como esse poderiam ser evitados com a criação de mais centros de acolhimento e políticas que promovam a reinserção social.
“A vulnerabilidade dessas pessoas coloca-se em risco constante, seja de violência, acidentes ou doenças. Precisamos de mais ações preventivas para investigar-las e oferecer um mínimo de dignidade”, afirmou ama assistente social.
O Impacto na Comunidade
Pais de alunos que frequentam a escola onde o acidente ocorreu também expressaram preocupação com a segurança do local. Alguns sugeriram a criação de barreiras físicas para separar a área de trânsito de veículos dos espaços por onde circulam os pedestres.
“É uma tragédia anunciada. Com tanta movimentação de carros e pessoas, algo assim poderia acontecer a qualquer momento. É urgente reverter a estrutura e garantir que todos tenham seguros, inclusive aqueles que não têm um teto para morar”, comentou uma mãe.
O Debate Sobre a Inclusão
Enquanto o incidente trouxe à tona a questão da segurança no trânsito, ele também serviu como um lembrete da situação de vulnerabilidade enfrentada por pessoas em situação de rua. O equilíbrio entre inclusão social e urbanização segura precisa ser uma prioridade para as autoridades municipais.
“Essas pessoas expostas estão a riscos que poderiam ser minimizados com políticas públicas efetivas. Não se trata apenas de abrir, mas de oferecer oportunidades para que possam reconstruir suas vidas”, concluiu ama socióloga.
Conclusão: Um Alerta para Todos
O atropelamento desta manhã é um alerta para a necessidade de maior atenção aos espaços públicos e à segurança de todos, especialmente dos mais vulneráveis. Enquanto a vítima se recupera no hospital, o caso levanta questionamentos sobre a responsabilidade coletiva em prevenir acidentes e promover uma cidade mais acolhedora e segura.
Guarapuava tem a oportunidade de transformar esse episódio em um ponto de partida para ações concretas, que não apenas evitem novos incidentes, mas também considerem dignidade e proteção a quem mais precisa. Afinal, ninguém deveria correr o risco de ser atropelado enquanto dorme.
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