Por Pr. Rilson Mota
O Brasil vive uma escalada alarmante de violência. Dados recentes mostram o aumento nas mortes violentas e crimes contra a vida, enquanto nossas forças de segurança enfrentam desafios cada vez mais complexos. É nesse cenário que o governo federal, através do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), publicou nesta terça-feira (24) um decreto regulamentando o uso da força por policiais. Assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o texto estabelece que armas de fogo devem ser usadas apenas como “último recurso”, exigindo dos agentes a adoção de métodos “menos letais” para lidar com situações de risco.
À primeira vista, a medida parece um esforço para combater abusos e melhorar a relação entre polícia e sociedade. Mas, quando analisada em profundidade, suscita questionamentos inquietantes: como nossos bravos policiais, especialmente em estados como o Rio de Janeiro, enfrentarão criminosos armados com fuzis quando a própria legislação amarra suas mãos? A escalada de violência pede mais proteção aos agentes, não menos.
Violência em Alta: Números que Preocupam
O Brasil registra anualmente mais de 40 mil homicídios, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Enquanto isso, o Rio de Janeiro, uma das capitais mais violentas, enfrenta facções criminosas bem armadas que dominam territórios inteiros. Em muitas comunidades, a polícia é o último bastião de ordem. No entanto, este decreto pode transformar a atuação dos agentes em uma tarefa quase suicida.
Para muitos especialistas em segurança pública, medidas como essa ignoram a realidade do combate ao crime organizado. “Criminosos armados com fuzis não respeitam ‘diretrizes de uso gradativo da força’. Enquanto o policial hesita em agir, a vida de inocentes e do próprio agente fica em risco”, alerta um agente de segurança.
Flores Contra Fuzis?
O decreto prevê que as armas sejam utilizadas apenas quando “outros recursos de menor intensidade” forem insuficientes. Mas o que seriam esses recursos? Balas de borracha? Conversas amigáveis? Em uma troca de tiros, cada segundo importa, e essa hesitação pode custar vidas.
É irônico que o texto mencione discriminação em razão de cor, etnia ou religião, como se essa fosse a raiz dos problemas de segurança pública. A verdadeira discriminação ocorre contra os próprios policiais, que enfrentam criminosos armados com escassos recursos e, agora, com medo de serem punidos por cumprir sua função.
O Fetiche da Esquerda com o Crime
A narrativa de que criminosos são “vítimas da sociedade” não é nova entre setores progressistas. Na prática, essa visão romantizada do crime apenas fragiliza a segurança pública e desestimula os agentes de segurança.
O decreto reforça essa mentalidade ao criar um Comitê Nacional de Monitoramento do Uso da Força. Enquanto o objetivo declarado é fiscalizar abusos, há o risco de que os policiais se tornem alvo de perseguições administrativas e judiciais, mesmo quando agirem dentro da legalidade. O resultado? Um efetivo policial desmotivado e hesitante.
Possíveis Consequências: Um Cenário Alarmante
As consequências de um decreto como esse podem ser devastadoras. Policiais em serviço, sem o respaldo necessário, se tornarão alvos fáceis para criminosos que não seguem regras. Fora do serviço, a vulnerabilidade será ainda maior. Em 2023, o Brasil registrou um aumento nas mortes de policiais, tanto em serviço quanto durante seus momentos de folga. Essa tendência pode se agravar.
Além disso, a insegurança jurídica imposta por essas regras pode levar muitos agentes a evitar confrontos, deixando populações vulneráveis ainda mais expostas ao domínio do crime organizado.
Treinamento e Monitoramento: Solução ou Mais Problemas?
O decreto prevê a implementação de novos treinamentos e a edição de portarias pelo Ministério da Justiça. Contudo, treinar policiais para “não reagir” em situações de alto risco é uma medida insuficiente diante da complexidade da violência urbana no Brasil.
“A solução não é amarrar as mãos da polícia, mas investir em inteligência, equipamentos modernos e proteção jurídica para que os agentes possam atuar com confiança”, afirma um agente de segurança.
A Justiça para Quem?
A legislação brasileira já prevê punições severas para abusos cometidos por policiais. No entanto, ao priorizar a restrição ao uso da força, o governo negligencia as milhares de vidas que dependem de uma atuação policial eficiente.
Além disso, o decreto ignora um fato crucial: a maioria das operações policiais ocorre em resposta a situações de risco extremo, como sequestros, assaltos e confrontos armados. O que acontecerá quando a hesitação policial, imposta por esse decreto, levar à morte de civis?
A Vida do Policial Importa
Enquanto o decreto enfatiza a proteção dos direitos humanos dos suspeitos, pouco se fala sobre os direitos humanos dos policiais. Cada operação é um risco, e cada decisão pode ser fatal. É inadmissível que os agentes de segurança sejam deixados à própria sorte em um cenário tão hostil.
Em 2023, mais de 200 policiais foram mortos no Brasil. Muitos eram pais, mães e filhos que dedicaram suas vidas à proteção da sociedade. Suas mortes não podem ser em vão.
O Papel da Sociedade
É essencial que a sociedade brasileira compreenda o impacto desse decreto. A violência no Brasil não será reduzida com medidas que desarmam simbolicamente aqueles que já arriscam suas vidas. Pelo contrário, é necessário exigir que o governo priorize a segurança pública de forma efetiva e realista.
Conclusão: Um Chamado à Reflexão
O decreto de Lula sobre o uso da força policial é mais do que uma diretriz; é um reflexo da visão política que escolhemos para nosso país. Mas essa visão precisa ser questionada: estamos protegendo vidas ou colocando-as em risco? Enquanto o debate persiste, uma coisa é certa: o Brasil precisa urgentemente de uma política de segurança que valorize e respalde seus agentes.
As mãos dos policiais não podem ser amarradas enquanto eles enfrentam um dos cenários mais violentos do mundo. E as vítimas de crimes violentos não podem continuar sendo estatísticas em um sistema que parece proteger mais os agressores do que os defensores da lei.
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