Por Pr. Rilson Mota
A elevação de 1 ponto percentual na taxa Selic, anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na última quarta-feira (11), provocou fortes reações no mercado financeiro. Nesta quinta-feira (12), o dólar voltou a superar a marca de R$ 6, impulsionado pela alta demanda de importadores, enquanto o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, registrou uma queda expressiva de 2,74%, encerrando o dia em 126.042 pontos.
Dólar em alta: reflexos no câmbio
O dólar comercial fechou o dia cotado a R$ 6,009, marcando uma alta de 0,69%. Durante a manhã, a moeda norte-americana chegou a recuar para R$ 5,92, mas a movimentação dos importadores, que aproveitaram o momento para realizar compras, pressionou a cotação ao longo da tarde.
Mesmo com a intervenção do Banco Central (BC), que vendeu US$ 4 bilhões das reservas internacionais com compromisso de recompra futura, o movimento foi insuficiente para conter a valorização do dólar. Esta foi a primeira intervenção do BC no câmbio em um mês, mas não conseguiu evitar que a moeda voltasse a ultrapassar a barreira dos R$ 6.
Bolsa em queda: o impacto da Selic
No mercado de ações, o pessimismo foi evidente. Após atingir quase 130 mil pontos na quarta-feira, o Ibovespa despencou, registrando sua maior queda diária desde 2 de janeiro de 2023. A decisão do Copom de elevar a taxa Selic de 11,25% para 12,25% ao ano, surpreendendo analistas que esperavam um aumento menor, para 12%, gerou incertezas entre os investidores.
A alta dos juros básicos afeta diretamente o mercado acionário, já que torna os investimentos em renda fixa, como títulos públicos, mais atrativos em relação à bolsa. Esse movimento resulta na saída de recursos do mercado de ações, pressionando os índices para baixo.
Por que a Selic subiu mais do que o esperado?
A decisão do Copom reflete a preocupação do Banco Central com a inflação persistente, mesmo em um cenário de desaceleração econômica. Juros altos são usados como ferramenta para conter a inflação, mas o impacto dessa política vai além do controle dos preços: ele desestimula o consumo e os investimentos produtivos, o que pode retardar a recuperação econômica.
Reações e perspectivas do mercado
Especialistas apontam que a elevação da Selic e a valorização do dólar podem ter impactos diretos no dia a dia da população, especialmente nos preços de produtos importados e nos custos do crédito.
“A valorização do dólar pressiona os preços de bens importados, como combustíveis e eletrônicos, enquanto a alta dos juros encarece o crédito, dificultando o consumo e os investimentos”, explica um analista financeiro.
No curto prazo, o mercado deve permanecer instável, com investidores atentos a novos sinais do Banco Central e à evolução dos indicadores econômicos.
O impacto no bolso do brasileiro
Com o dólar acima de R$ 6, o custo de produtos importados deve aumentar, afetando setores como tecnologia, combustíveis e alimentos que dependem de insumos estrangeiros. Além disso, a alta da Selic encarece financiamentos e empréstimos, dificultando o acesso ao crédito por parte das famílias e empresas.
O que esperar para os próximos dias?
Analistas acreditam que o cenário ainda pode piorar caso a pressão inflacionária não mostre sinais de desaceleração. A expectativa é que o Banco Central continue monitorando os efeitos da alta da Selic e intervenha novamente no câmbio, caso necessário, para evitar uma escalada do dólar que comprometa ainda mais a economia.
Conclusão
A combinação de dólar elevado e juros altos reforça o clima de cautela no mercado financeiro. Para o investidor e o consumidor, o momento exige atenção redobrada às movimentações econômicas, que podem impactar diretamente o custo de vida e as perspectivas de crescimento no Brasil.
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