Por Pr. Rilson Mota
O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Ponta Grossa, deflagrou nesta quarta-feira (11) a terceira fase da Operação Pax. A ação, que contou com o apoio das polícias Civil, Militar e Penal, mirou uma organização criminosa envolvida em tráfico de drogas e armas, homicídios, corrupção e lavagem de dinheiro. Ao todo, foram cumpridos 19 mandados de prisão preventiva e 53 de busca e apreensão em cinco estados brasileiros, além de nove prisões em flagrante.
Resultados da Operação
As ações judiciais foram cumpridas em municípios do Paraná, como Curitiba, Ponta Grossa e São José dos Pinhais; em cidades de Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rondônia. Durante as buscas, as autoridades apreenderam sete armas de fogo, munições, aproximadamente R$ 37 mil em dinheiro, 3 quilos de drogas (incluindo crack, maconha e cocaína) e um veículo. Essa fase representa mais um avanço na tentativa de desarticular as atividades da facção, que controla o tráfico e promove violência em diferentes regiões do estado e do país.
Histórico da Investigação
Iniciadas há três anos, as investigações identificaram uma organização criminosa que utilizava de extrema violência para dominar o mercado ilícito de drogas e armas. A rivalidade entre facções gerou uma série de homicídios em Ponta Grossa e arredores, contribuindo para a escalada de crimes violentos.
Na primeira fase da operação, deflagrada em 2022, o foco foi desmantelar a estrutura central da facção. A ação resultou na prisão de líderes e em denúncias contra 16 pessoas, culminando na redução significativa dos homicídios na região. O líder do grupo foi capturado no Rio de Janeiro e transferido para um presídio federal de segurança máxima, o que enfraqueceu temporariamente as operações do grupo.
Segunda Fase: Lavagem de Dinheiro no Alvo
A segunda etapa da Operação Pax investigou o esquema de lavagem de dinheiro que movimentava dezenas de milhões de reais por meio de “laranjas”. Isso resultou na prisão de cinco integrantes da facção e na denúncia contra 11 pessoas por crimes de organização criminosa e tráfico de drogas. O objetivo era cortar o fluxo financeiro que sustentava as atividades ilícitas da organização.
Terceira Fase: Expansão e Novas Descobertas
Nesta nova etapa, as investigações apontaram que a facção continuava operando de dentro dos presídios, ordenando homicídios e promovendo o tráfico de drogas. Um dos destaques foi a prisão de um monitor de ressocialização que recebia propinas para facilitar a vida dos detentos. A descoberta evidencia a complexidade da corrupção que permeia o sistema penitenciário, exigindo ações coordenadas para garantir a integridade da administração prisional.
Operações Conjuntas: Day Break e Concórdia
Paralelamente, as operações “Day Break” e “Concórdia”, conduzidas pela 13ª Subdivisão da Polícia Civil, tiveram como foco a mesma facção criminosa, ampliando o esforço para desarticular suas células responsáveis por homicídios e tráfico de drogas. Essas ações resultaram em 25 mandados de busca e apreensão e 26 de prisão preventiva, além da mobilização de 250 agentes em diferentes estados.
Impacto Regional
As operações coordenadas entre os diversos órgãos de segurança pública visam não apenas desarticular a organização criminosa, mas também reduzir os índices de violência ligados ao tráfico de drogas e à disputa entre facções. Segundo o Gaeco, a atuação integrada das forças de segurança é essencial para devolver a paz às comunidades impactadas.
Desafios no Combate ao Crime Organizado
Apesar dos resultados expressivos, o desafio de combater o crime organizado permanece complexo. A capacidade das facções de se reestruturar, mesmo após a prisão de líderes, exige constante atualização das estratégias de repressão e prevenção. O uso de tecnologias de inteligência e o fortalecimento da integração entre os estados são apontados como caminhos essenciais para enfrentar esse tipo de ameaça.
Próximos Passos
Com as provas obtidas na terceira fase, o Ministério Público pretende avançar em novas denúncias contra os envolvidos, aprofundando as investigações sobre a extensão das atividades ilícitas da facção. O objetivo é desmantelar completamente as redes de operação, neutralizando tanto o tráfico de drogas quanto os esquemas de corrupção.
Conclusão
A Operação Pax reflete o compromisso das instituições de segurança e justiça em enfrentar o crime organizado de forma integrada e eficiente. Apesar dos avanços, o combate ao tráfico de drogas e armas, à corrupção e à violência associada às facções exige uma abordagem contínua e estratégica, visando garantir segurança e tranquilidade à população. A continuidade dessas ações reforça a esperança de que, com o tempo, as comunidades mais afetadas possam viver sem o medo imposto pelas organizações criminosas.
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