Por Pr. Rilson Mota
O cenário econômico brasileiro caminha para um impasse alarmante. Com a escalada dos juros, inflação persistente e um dólar pressionando os preços dos alimentos e serviços, o país vive uma encruzilhada. A taxa Selic, principal ferramenta do Banco Central (BC) para controle da inflação, volta a subir em meio a incertezas internas e externas. Mas será essa a solução ou apenas um paliativo que não endereça os problemas estruturais da economia brasileira?
Selic em Alta: Solução ou Problema?
O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou novamente a taxa básica de juros, Selic, para 12% ao ano. Essa é a terceira alta consecutiva e reflete a tentativa do Banco Central de conter a inflação. Contudo, a elevação dos juros, enquanto ferramenta de contenção da demanda, também dificulta o crescimento econômico. Empresas enfrentam maior dificuldade para acessar crédito, e famílias são obrigadas a cortar consumo, resultando em um círculo vicioso que sufoca o mercado interno.
Inflação Fora de Controle
A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), segue pressionada, especialmente pelos preços de alimentos e serviços. O IPCA acumulou alta de 4,87% nos últimos 12 meses, acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Embora fatores pontuais, como a queda nos preços dos combustíveis, tenham desacelerado temporariamente o índice, a alta do dólar e as condições climáticas adversas agravam a situação, tornando os alimentos ainda mais caros.
Impactos Diretos na População
O aumento da Selic afeta diretamente a vida do cidadão comum. Com o crédito mais caro, adquirir bens de consumo, financiar imóveis ou investir em educação se torna um desafio. Além disso, o peso do endividamento das famílias brasileiras alcança níveis preocupantes. Segundo o Banco Central, cerca de 80% das famílias estão endividadas, o que limita sua capacidade de consumir e agrava ainda mais o cenário de desaceleração econômica.
Risco de Estagnação Econômica
A alta dos juros, embora necessária para controlar a inflação, pode empurrar o Brasil para uma estagnação econômica prolongada. Sem crescimento sustentável, o país corre o risco de enfrentar mais desemprego e redução do poder aquisitivo. Especialistas alertam que a política monetária contracionista deve ser acompanhada de reformas estruturais para evitar um colapso econômico em 2025.
Política Fiscal: Um Ponto Crítico
Enquanto o Banco Central tenta controlar a inflação, a política fiscal do governo continua sendo um ponto de fragilidade. O aumento dos gastos públicos, sem contrapartidas em arrecadação, compromete o equilíbrio das contas públicas. Além disso, a falta de clareza sobre os ajustes necessários para conter o déficit fiscal gera desconfiança no mercado, pressionando ainda mais o dólar e a inflação.
O Papel da Política Internacional
A conjuntura econômica internacional também traz desafios adicionais. A incerteza nos Estados Unidos, somada às políticas de juros do Federal Reserve, afeta diretamente a economia brasileira. A valorização do dólar torna as importações mais caras e intensifica a pressão inflacionária interna. No cenário global, o Brasil enfrenta dificuldades para competir, o que impacta negativamente suas exportações.
Projeções Sombrias para 2025
Se o rumo não for ajustado, 2025 pode ser marcado por uma economia ainda mais enfraquecida. A alta persistente dos juros e a falta de políticas fiscais consistentes podem levar o país a um crescimento abaixo do necessário para gerar empregos e renda. A perspectiva de inflação elevada, combinada com a desvalorização do real, amplia as desigualdades sociais e compromete o bem-estar da população.
Reformas Estruturais: O Caminho Necessário
Para evitar o colapso, especialistas defendem reformas estruturais urgentes. A reforma tributária, por exemplo, poderia simplificar o sistema e estimular a competitividade. Além disso, investimentos em infraestrutura e educação são cruciais para aumentar a produtividade e atrair investidores. O fortalecimento das instituições também é fundamental para garantir a estabilidade política e econômica.
O Brasil em Busca de Direção
O país precisa de um plano econômico claro, que alinhe política monetária e fiscal de forma eficaz. Enquanto o Banco Central tenta controlar a inflação, o governo precisa focar em políticas que incentivem o crescimento sustentável, promovam a geração de empregos e garantam o equilíbrio das contas públicas.
O Rumo de 2025
O Brasil está em um ponto crítico. Sem ajustes estruturais, o futuro econômico do país é incerto. A população, já cansada de carregar o peso da instabilidade, exige medidas concretas e eficazes. Resta saber se o governo e as instituições serão capazes de corrigir o curso e colocar o país de volta no caminho do progresso.
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