Por Pr. Rilson Mota
Itaberaba-BA – Em uma ação conjunta realizada na manhã desta terça-feira (3), a Polícia Federal (PF), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Federal (MPF) e a Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social deflagraram a Operação ‘De Volta para o Futuro’, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa que fraudava benefícios previdenciários vinculados à Agência da Previdência Social de Itaberaba, na Bahia.
As investigações, iniciadas há seis meses, revelaram um esquema no qual duas servidoras do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) inseriam vínculos trabalhistas fictícios nos sistemas do órgão, permitindo a concessão de aposentadorias indevidas. Além disso, as servidoras manipulavam datas retroativas para gerar pagamentos de valores altos, inclusive em duplicidade. Entre os beneficiados estavam parentes e conhecidos das servidoras, além de indivíduos indicados por intermediários que lucravam com as fraudes. Estima-se que o prejuízo aos cofres públicos seja superior a R$ 9 milhões, com um dano potencial de mais de R$ 24 milhões, caso o esquema não tivesse sido desarticulado.
A operação cumpriu 13 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva nas cidades de Itaberaba, Feira de Santana e Salvador. Os envolvidos poderão responder por organização criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informações, lavagem de dinheiro, entre outros crimes. A investigação segue em curso para identificar outros membros do esquema.
Fraude Sistemática e Ganância
O modus operandi do grupo envolvia não apenas a concessão de benefícios ilegais, mas também a utilização de ordens de pagamento duplicadas para desviar quantias vultuosas. Parte desses valores retornava às servidoras e intermediários, configurando uma rede de corrupção que lesava não apenas o INSS, mas também toda a sociedade que depende de recursos públicos.
A PF destacou que a operação foi crucial para evitar um prejuízo ainda maior. “Essa ação demonstra o compromisso das forças de segurança em proteger o erário público e punir severamente aqueles que se aproveitam de suas posições para enriquecer ilicitamente”, afirmou um porta-voz da PF.
Prejuízo Moral e Econômico
Além do impacto financeiro, esquemas como este prejudicam a credibilidade de instituições como o INSS, que já enfrenta desafios para atender à população de maneira ágil e eficiente. O caso ressalta a necessidade de maior fiscalização e transparência nos sistemas públicos, bem como uma política rigorosa para coibir a corrupção dentro de órgãos governamentais.
A operação segue em curso, com expectativa de novas revelações e desdobramentos que possam ampliar o alcance da investigação.
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