Por Pr. Rilson Mota
O Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) representa uma das maiores forças econômicas e políticas do Brasil. Com sete estados que somam 70% do Produto Interno Bruto (PIB) e 56% do eleitorado nacional, o Cosud surge como um celeiro de potenciais candidatos à presidência em 2026. Entre os nomes mais comentados estão Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Júnior (PSD-PR), todos governadores que combinam alta aprovação em seus estados e um discurso alinhado com pautas de eficiência administrativa e desenvolvimento regional.
Mas quais são as chances reais de um desses líderes alcançar o Palácio do Planalto? Como as alianças com o Nordeste, um reduto eleitoral estratégico, poderiam fortalecer suas candidaturas?
Tarcísio de Freitas: O Administrador Técnico e Popular
Governador de São Paulo, o maior colégio eleitoral do Brasil, Tarcísio de Freitas tem sido uma figura em ascensão. Sua gestão é marcada por um discurso técnico e pela entrega de obras de infraestrutura. Ex-ministro da Infraestrutura no governo Bolsonaro, Tarcísio combina experiência técnica com apelo popular, especialmente entre eleitores da direita e centro-direita.
Pontos Fortes
- Base Eleitoral Robusta: São Paulo concentra cerca de 34 milhões de eleitores, uma plataforma sólida para lançar uma candidatura.
- Alinhamento Nacional: Apoiadores do bolsonarismo veem em Tarcísio um herdeiro político natural, o que pode garantir apoio em estados fora do Cosud.
- Capacidade de Gestão: Seu foco em resultados administrativos ressoa com eleitores que buscam eficiência e pragmatismo na política.
Desafios
- Distanciamento do Nordeste: Tarcísio ainda precisa consolidar sua imagem em estados nordestinos, que historicamente votam em blocos e têm peso decisivo na eleição presidencial.
Romeu Zema: O Liberal com um Discurso de Eficiência
Reeleito em Minas Gerais com ampla margem, Romeu Zema é o representante do partido Novo e tem se destacado por sua gestão voltada à redução da máquina pública e à atração de investimentos. Minas, o segundo maior colégio eleitoral do país, com 16 milhões de eleitores, é crucial para qualquer candidato.
Pontos Fortes
- Perfil Liberal: Zema atrai eleitores que valorizam pautas econômicas, sendo um nome forte no empresariado.
- Força Regional: Minas Gerais é um estado-pêndulo que pode definir o resultado das eleições presidenciais. Sua popularidade no estado é um trunfo estratégico.
- Gestão Reconhecida: A capacidade de transformar resultados econômicos pode ser um diferencial no debate eleitoral.
Desafios
- Falta de Projeção Nacional: Apesar do sucesso regional, Zema ainda não consolidou uma imagem forte em outros estados.
- Conexão com Classes Populares: Sua abordagem liberal precisa ser equilibrada com políticas sociais que dialoguem com o eleitorado mais vulnerável.
Ratinho Júnior: O Articulador Regional
Governador do Paraná e membro do PSD, Ratinho Júnior é conhecido por seu discurso conciliador e pragmático. Sua gestão no Paraná é elogiada por avanços em infraestrutura e inovação, e sua proximidade com lideranças regionais pode ser um diferencial em uma candidatura nacional.
Pontos Fortes
- Apoio do PSD: O partido é um dos maiores do país e pode proporcionar uma base sólida de alianças.
- Perfil Jovem e Popular: Ratinho tem apelo entre diferentes faixas etárias e classes sociais, além de um tom moderado que agrada ao centro político.
- Experiência Administrativa: Seu histórico como gestor eficiente e articulador pode atrair tanto o empresariado quanto eleitores indecisos.
Desafios
- Menor Expressividade Nacional: Apesar de seu sucesso regional, Ratinho ainda carece de projeção no cenário nacional.
- Concorrência Direta: Como representante do Cosud, terá que se destacar em um campo competitivo contra Tarcísio e Zema.
Estratégias: Alianças com o Nordeste e a Escolha do Vice
O caminho para o Planalto exige a construção de uma coalizão nacional, especialmente com estados do Nordeste, que representam cerca de 27% do eleitorado nacional. Nesse sentido, alianças estratégicas para a composição da chapa presidencial serão cruciais.
Possíveis Parceiros no Nordeste
- Rui Palmeira (AL): Com um perfil moderado e capacidade de diálogo, Rui pode equilibrar a chapa com apelo popular e regional.
- João Azevêdo (PB): Um nome técnico e respeitado que fortaleceria a candidatura em um estado estratégico.
- Raquel Lyra (PE): A governadora de Pernambuco poderia agregar força feminina e representatividade, além de ampliar o alcance no eleitorado nordestino.
Viabilidade Eleitoral: O Cosud como Motor de Campanha
Com 56% dos eleitores e metade da representação no Congresso Nacional, o Cosud tem força suficiente para moldar o cenário político de 2026. Uma candidatura bem estruturada de um de seus governadores, com alianças estratégicas no Nordeste e apoio em outras regiões, tem chances reais de sucesso.
Tarcísio, Zema e Ratinho representam diferentes abordagens administrativas e políticas, mas compartilham a capacidade de dialogar com eleitores que buscam eficiência, ética e resultados concretos. A eleição de um presidente vindo do Cosud consolidaria a influência do consórcio como protagonista no desenvolvimento nacional.
Amor Real Notícias continuará acompanhando de perto os movimentos políticos rumo a 2026, trazendo análises aprofundadas e atualizações sobre possíveis candidaturas.
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