Por Pr. Rilson Mota
Na próxima semana, o Brasil sediará um evento de grande magnitude, o encontro do G20, em que líderes das principais economias globais se reunirão para discutir assuntos de impacto internacional, como segurança, paz e governança global. No entanto, a postura do governo brasileiro em relação a temas externos e seu silêncio em relação a questões críticas de segurança e direitos humanos dentro de suas próprias fronteiras levantam preocupações e expõem contradições difíceis de ignorar.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem manifestado interesse em protagonizar discussões sobre conflitos globais, buscando “diálogo” entre nações, especialmente em contextos de guerra, como na Ucrânia, e conflitos no Oriente Médio. Porém, enquanto o Brasil volta sua atenção para essas causas internacionais, internamente enfrenta problemas de violência em larga escala. O crime organizado domina diversas regiões do país, comunidades inteiras convivem diariamente com a criminalidade e a falta de segurança, e o sistema penitenciário se encontra saturado e incapaz de oferecer reabilitação aos presos. Em outras palavras, enquanto o governo brasileiro critica violações de direitos humanos no exterior, falha em proteger os direitos de seus próprios cidadãos contra o avanço de facções criminosas e milícias urbanas.
A Contradição da Reforma do Conselho de Segurança da ONU
A proposta de reforma do Conselho de Segurança da ONU, encabeçada pelo Brasil e apoiada pelo G20, visa tornar o órgão mais representativo e democrático. Contudo, essa proposta esconde um problema central: ao buscar abrir espaço para novas nações, acaba favorecendo países que historicamente desrespeitam os direitos humanos. Países com governos ditatoriais e autocráticos poderão ganhar mais poder e influência no conselho, comprometendo a missão da ONU de preservar a paz e a segurança internacional. Esse movimento arrisca transformar o Conselho de Segurança em um fórum onde ditadores e autocratas teriam espaço para influenciar decisões globais cruciais.
Ao propor essa reforma, o Brasil se alinha a uma tendência perigosa de enfraquecer mecanismos de fiscalização internacional e abrir portas para que governos reprováveis se tornem influentes na ONU. Enquanto isso, organizações internacionais já lutam para manter a credibilidade perante a comunidade global, e o Brasil deveria ponderar até que ponto a ampliação do Conselho de Segurança realmente representa os interesses de uma paz duradoura.
Foco nas Prioridades Internas: A Crise Brasileira
O Brasil precisa, urgentemente, direcionar suas energias e recursos para resolver questões internas que ameaçam sua estabilidade e crescimento. A violência urbana, o domínio de facções criminosas e o crescente tráfico de armas e drogas são problemas graves que impactam diretamente a vida de milhões de brasileiros. Além disso, a economia caminha para uma inflação crescente, prejudicando o poder de compra das famílias e agravando ainda mais a situação de vulnerabilidade de muitos cidadãos.
O governo brasileiro, em vez de priorizar políticas que resultem em segurança e desenvolvimento para sua própria população, desperdiça energia em diplomacias que têm pouco efeito prático na vida dos brasileiros. Defender a paz e a segurança no cenário internacional é um objetivo louvável, mas não deve ser feito em detrimento das urgentes demandas internas.
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