Em um cenário econômico cada vez mais incerto, a inflação volta a apertar o orçamento das famílias brasileiras. Segundo o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, subiu para 0,56% em outubro, superando os índices de setembro (0,44%) e outubro do ano passado (0,24%). Com esse aumento, a inflação acumulada em 12 meses chegou a 4,76%, ultrapassando o teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 4,50%.
As principais responsáveis por essa alta foram as despesas com habitação e alimentação, duas áreas cruciais para o custo de vida. A energia elétrica, por exemplo, subiu 4,74%, impactada pela bandeira tarifária vermelha 2, enquanto o preço das carnes registrou aumento significativo, com cortes como acém e costela subindo 9,09% e 7,40%, respectivamente. Outros produtos essenciais, como o tomate e o café moído, também sofreram aumentos expressivos. Esse cenário eleva o custo básico de vida, forçando os brasileiros a adaptar suas despesas enquanto o governo parece focar suas atenções em pautas ideológicas distantes das necessidades reais da população.
A Desvalorização do Real e o Custo para o Consumidor
O impacto da inflação se agrava ainda mais pela desvalorização do real frente ao dólar. Nos últimos cinco dias, a moeda brasileira despencou, tornando-se uma das que mais perderam valor globalmente em 2024. Com essa depreciação, o custo de produtos importados e insumos dolarizados cresce, pressionando ainda mais os preços no mercado interno e reduzindo o poder de compra dos brasileiros. Esse fenômeno de desvalorização reflete a fragilidade da economia nacional, que enfrenta um momento de déficits crescentes e uma gestão fiscal que parece cada vez mais desordenada.
A situação fiscal do governo também é alarmante. Em setembro, o governo federal dobrou a previsão de déficit das contas públicas, atingindo o limite da meta fiscal, o que gera uma preocupação ainda maior sobre a capacidade do país de estabilizar sua economia. Embora o governo tenha implementado bloqueios orçamentários para tentar controlar as despesas, a falta de um plano claro de contenção e a persistência em pautas secundárias indicam um governo sem foco, cuja estratégia parece cada vez mais pautada em improvisações.
O Fardo do Descontrole para o Povo
Com a inflação corroendo salários e a moeda brasileira enfraquecida, quem paga a conta desse cenário é, mais uma vez, o povo brasileiro. A falta de controle sobre os gastos públicos e a ausência de uma política econômica sólida ameaçam diretamente a estabilidade financeira das famílias e da economia como um todo. Em vez de adotar medidas urgentes para conter a alta de preços e impulsionar o crescimento, o governo parece disperso em pautas que pouco impactam a realidade prática da população.
Se essa situação não for revertida com urgência, os brasileiros continuarão a arcar com o peso de uma economia desestruturada e de um governo que parece cada vez mais alheio às reais necessidades da população.
Por Pr. Rilson Mota
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