O governo da China pretende ampliar a produção de soja. A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma do país anunciou a decisão nesta terça-feira, 19.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, a China deve consumir cerca de 70 milhões de toneladas de refeições à base de soja em 2022.
A China é o maior importador do grão no planeta, adquirindo quase 100 milhões de toneladas em 2021. No mesmo período, a produção de soja do país ficou próxima de 20 milhões de toneladas. Além disso, os chineses lideram as compras da cadeia produtiva da soja no Brasil.
Dos quase US$ 14 bilhões em exportações feitas pelo setor no primeiro trimestre de 2022, cerca de US$ 8 bilhões foram para o país asiático, conforme os dados do governo federal.
O recente posicionamento chinês ocorre em meio à valorização da commodity. Feito pelo Conselho Internacional de Grãos, o índice internacional de preços da soja superou 350 pontos em 11 março. O nível é o maior desde 2012.
Do mesmo modo, também houve elevação no indicador formado pelos preços dos cinco principais grãos (trigo, milho, cevada, arroz e soja) feito pelo órgão. No mês passado, a pontuação chegou a 359 — um novo recorde no monitoramento, desde que o órgão começou o levantamento, no ano 2000.
Assim, a China também se preocupa com a produção em geral. Meng Wei, porta-voz chinês, disse que o país está tomando medidas para manter a oferta estável. O governo do país estipulou a meta de produzir 650 milhões de toneladas de grãos em 2022. A área plantada se aproxima de 120 milhões de hectares.
Fonte: Revista Oeste