O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, determinou na última terça-feira (22) que o processo da Operação Piloto – que envolve entre outros réus o ex-governador do Paraná Beto Richa, seja encaminhado para a Justiça Eleitoral do Paraná.
A Operação Piloto foi a 53ª etapa da Lava Jato no MPF (Ministério Público Federal) no Paraná e investigou um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na PPP (Parceria Público Privada) para duplicação da PR-323, entre Maringá e Francisco Alves.
A investigação apontou que os réus receberam valores da construtora Odebrecht em troca de favorecimento na licitação das obras.
Beto Richa é réu nesse processo junto de mais cinco pessoas pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude a licitação.
Entre os réus está o empresário Luiz Abi Antoun, primo de Beto Richa, e que faleceu no último dia 8, vítima de um acidente automobilístico em Itiquira (MT).
Em nota, a defesa de Beto Richa apoiou a sentença do ministro Gilmar Mendes, apontando que “a decisão foi correta”.
Vale lembrar que em agosto de 2021, a 2ª Turma do STF já havia decidido mandar para a Justiça Eleitoral os processos das operações Integração e Rádio Patrulha, ambas também deflagradas no Paraná e com o ex-governador entre os réus.
Os advogados de Beto Richa e o irmão do ex-governador Pepe Richa se basearam em uma decisão do STF, de março de 2019, que determinou a competência de crimes comuns que tenham relações com delitos eleitorais possa ser da Justiça Eleitoral.
Fonte: Paraná Portal