A música-tema da corrida de São Silvestre inspira, também, outras grandes corridas pelo mundo. O motivo? “Carruagens de Fogo”, composta por Vangelis, foi trilha sonora do filme de mesmo nome, dirigido por Hugh Hudson.
O longa, lançado em 1981, conta a história de dois corredores que disputam vaga para as Olimpíadas de Paris, em 1924. O sucesso da obra foi tanto que a música foi mundialmente associada à prática de corrida e usada em momentos glorioso.
Mas não é só de glória que vive o hino. Vangelis foi acusado de plágio. A denúncia acusava o autor de copiar a melodia da peça “Cidade das Violetas”, do compositor grego Stravos Logaridis. Entretanto, Vangelis venceu a causa. Ele provou judicialmente que não havia ouvido a peça de Logaridis antes de compor a música. Além disso, a sequência que teria sido plagiada já havia sido usada pelo autor em outras obras dele, anteriores à “Cidade das Violetas”.
A São Silvestre não é a única a utilizar a música como tema próprio. Filmes com enredos esportivos, propagandas e paródias frequentemente se apresentam ao som de “Carruagens de Fogo”. Até mesmo o ex-presidente da Apple Steve Jobs não resistiu à melodia: apresentou o primeiro Macintosh desenvolvido pela empresa, em 1984, ao som do hit de Vangelis
Depois de 100 dias do lançamento, lá veio ela de novo. Jobs voltou a utilizar a música na conferência de imprensa que comemorou o período.
Histórico olímpico
Foi a BBC que utilizou “Carruagens de Fogo” como trilha sonora da cobertura de uma Olimpíada pela primeira vez. Isso aconteceu em 1984, três anos depois do lançamento do filme, nos Jogos de Los Angeles. Em 1988, em Seul, a música voltou a soar na televisão estrangeira. Daí começaram as associações que, até hoje, permanecem.
Na inauguração do estádio Olímpico de Londres, para as Olimpíadas de 2012, corredores marcharam pela rota até o novo espaço, também ao som da peça, que embalou, ainda, o desfile da tocha olímpica no mesmo ano. “Carruagens de Fogo” já teve inúmeras versões cover e, a cada dia 31 de dezembro, se fixa cada vez mais como uma obra atemporal.
Por UOL, em São Paulo