Um projeto da Universidade de Tóquio, no Japão, vai utilizar o supercomputador Fugaku para identificar potenciais novos tratamentos para a covid-19. Liderada por Takefumi Yamashita, professor associado do Centro de Pesquisa para Ciência e Tecnologia Avançada (RCAST), a pesquisa vai utilizar a supermáquina para identificar compostos inibidores de pequenas moléculas que podem ser usados como drogas potenciais em tratamentos à covid-19 e esclarecer o mecanismo molecular pelo qual as infecções pelo novo coronavírus são inibidas.
Segundo um comunicado da Fujitsu, companhia que criou o computador juntamente com o instituto de pesquisa Riken, afirmou que “ao utilizar o Fugaku, simulações moleculares para proteínas virais e formulação de compostos inibidores podem ser aceleradas, esclarecendo a complexidade dos estados de ligação e interações entre proteínas virais e compostos inibidores, com o objetivo de identificar compostos inibidores que podem levar à descoberta de novas drogas terapêuticas em um estágio inicial”.
A pesquisa inicia em 22 de junho e continuará até março de 2022.
Superrápido
O Fugaku entrou em operação em 2019, depois de sete anos de desenvolvimento. Em 2020, recebeu o título de supercomputador mais rápido do mundo, superando o Summit da IBM, que liderava o ranking das máquinas. O resultado do Fugaku foi três vezes maior que o do concorrente, atingindo 415,5 Pflops (petaflops), sigla em inglês para ‘operações de ponto flutuante por segundo’, unidade que mede a quantidade de cálculos que uma máquina é capaz de fazer a cada segundo.
No caso do Fugaku, ele consegue realizar quatrilhões de cálculos por segundo. De acordo com uma reportagem do portal UOL, isso seria o equivalente a 327.963 celulares Galaxy S20 ou a 40.421 unidades do PlayStation 5.
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Com informações dos sites ZD Net e Olhar Digital