Anúncio foi feito pelo prefeito Eduardo Paes em entrevista coletiva. Copacabana terá 16 minutos de fogos com música, mas sem show. ‘Claro que vai ter aglomeração’, diz prefeito.
Virada do ano em Copacabana terá queima de fogos.
O prefeito Eduardo Paes (PSD) anunciou nesta quinta-feira (9) que o réveillon de 2022 no Rio de Janeiro vai contar com 10 pontos de queima de fogos, incluindo Copacabana.
O anúncio foi feito durante entrevista coletiva no Centro de Operações, na Cidade Nova.
Além de Copacabana, terão fogos os bairros de Barra da Tijuca, Recreio, Flamengo, Ilha do Governador, Piscinão de Ramos, Bangu, Praia de Sepetiba, Parque Madureira e a Igreja da Penha.
“Claro que vai ter aglomeração”, afirmou o prefeito. “Aglomeração não está proibida no Rio de Janeiro.”
Resumo do que foi anunciado:
- fogos mantidos em Copacabana e em outros 9 pontos;
- não haverá show, mas 25 torres de som tocarão música na orla de Copacabana e farão a contagem regressiva;
- festa será toda financiada pela prefeitura (custo não foi divulgado);
- Copacabana terá bloqueios de acessos às 19h do dia 31: moradores, hóspedes e trabalhadores podem passar até as 22h (bloqueios semelhantes ao de anos anteriores);
- linhas de ônibus operarão com frota regular, sem reforço, e sem bolsões de estacionamento;
- metrô não terá esquema especial;
- haverá postos de vacinação na praia de Copacabana;
- proibição de entrada de fretados na cidade a partir do dia 30 às 19h.
Rio terá 10 locais de queima de fogos no réveillon — Foto: Reprodução
Apesar dos fogos mantidos em Copacabana, a prefeitura não montará esquema especial de transporte para o bairro. Metrô e ônibus não funcionarão na madrugada e as ruas terão interdições para carros de passeio (entenda abaixo).
“Não imagino que as pessoas não cheguem lá sem ser andando”, disse o prefeito.
Segundo o prefeito do Rio, o réveillon desse ano será uma versão mais simples da tradicional festa carioca.
“Vamos ter fogos visíveis de vários pontos da cidade. Vamos fazer réveillon em 10 pontos para evitar deslocamentos e aglomerações (…) Não haverá a proibição das pessoas estarem na praia de Copacabana”, comentou Paes.
O prefeito afirmou ainda que, por ele, haveria show na orla – e que contratar Anitta estava no plano da prefeitura. Paes afirmou que seguiu, no entanto, orientação do comitê científico do estado contrário à realização das apresentações.
“Vale a regra mais restrita, que é a do estado”, explicou.
Sobre a epidemia de gripe (Influenza), o prefeito afirmou: “Obviamente, a gente pede que as pessoas que estejam doentes evitem sair de casa, assim como vovó dizia”.
Trânsito
Bloqueio de acessos em Copacabana — Foto: Divulgação/Prefeitura do Rioh
A prefeitura também vai montar um esquema especial de trânsito em Copacabana para controlar o acesso do público.
O bloqueio de acessos em Copacabana no dia 31 será a partir das 19h. Apenas moradores, hóspedes e trabalhadores com comprovante poderão acessar o bairro até as 22h.
Segundo o prefeito Eduardo Paes, o estacionamento de veículos estará proibido na orla a partir do dia 30 de dezembro, às 18h.
As linhas de ônibus não terão reforço na operação e não haverá os tradicionais bolsões de estacionamento de coletivos. A ideia é reduzir o público na orla.
A liberação do tráfego será a partir das 3h do dia 1º.
Veja como será o deslocamento até Copacabana — Foto: Divulgação/Prefeitura do Rio
Sem patrocínio
Paes afirmou que não houve patrocinadores para os shows do réveillon. O prefeito atribuiu isso à instabilidade ligada à pandemia de Covid, com o surgimento da variante ômicron.
Comprovante de vacinação
A Prefeitura do Rio reforçou que é obrigatória a apresentação do comprovante de vacinação em bares, restaurantes e hotéis.
Fogos aprovados por comitês
Na última quarta-feira (8), o Comitê Científico do Estado já havia aprovado o réveillon na Praia de Copacabana apenas com fogos, sem os shows na orla.
Queima de fogos em Copacabana. (Imagem de arquivo) — Foto: Divulgação/Emiliano
No sábado (4), Paes anunciou que decidiu cancelar a celebração oficial do réveillon no Rio de Janeiro e que tomava a decisão com tristeza, mas que não tinha como organizar a celebração sem a garantia de todas as autoridades sanitárias. Ele citou uma suposta posição do comitê científico do estado contra a festa.
Por Nicolás Satriano, g1 Rio