Com a proximidade do verão, tipo de tumor que mais afeta o brasileiro entra no foco da preocupação dos especialistas
Responsável por 33% de todos os diagnósticos de câncer no Brasil, o câncer de pele entra no foco da preocupação dos médicos neste mês de dezembro. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 185 mil novos casos são registrados a cada ano. Somente o Distrito Federal estima-se que responda a quase 1,2 mil desses casos anualmente.
Entre os tipos mais comuns dessa enfermidade está o não melanoma que, apesar de ter uma baixa letalidade, possui alta incidência. Dentre outros tipos que também são considerados comuns se tem os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele tem 8,4 mil registros a cada ano.
Com a chegada do verão e a maior exposição ao sol a atenção precisa ser redobrada. No mês de dezembro, a Sociedade Brasileira de Dermatologia enfatiza a prevenção do câncer de pele, adotando a cor laranja para representar a campanha realizada anualmente neste mês, desde 2014.
De acordo com a dermatologista Fabia de Aguiar Michelman, do Instituto de Câncer de Brasília (Cettro), é preciso se atentar a pintas ou outras lesões na pele. O especialista recomenda autoavaliações constantes no próprio corpo. “É preciso se conhecer bem, notar o surgimento repentino de qualquer anomalia ou irregularidade superficial”, enfatiza. Identificado algo nesse sentido, o próximo passo é partir para um exame clínico, realizado por um médico capacitado, e é indicado também a realização de uma biópsia, exame capaz de oferecer um diagnóstico mais preciso, no entanto é importante estar sempre atento aos seguintes sintomas:
Sintomas
- Lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente;
- Pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho;
- Mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento;
- Nódulos na pele, inchaço nos gânglios linfáticos, falta de ar ou tosse, dores abominais e de cabeça, por exemplo.
Prevenção
Segundo a médica, evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação UV são as melhores estratégias para prevenir o melanoma e outros tipos de tumores cutâneos. Os grupos de maior risco são pessoas de pele clara, com sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros. Além destes, as pessoas com antecedentes familiares de histórico de câncer de pele, queimaduras solares, incapacidade para se bronzear e muitas pintas também devem ter atenção e cuidados redobrados.
Algumas medidas básica e simples são extremamente recomendadas, como usar chapéus, camisetas, óculos escuros e protetores solares; cobrir as áreas expostas com roupas apropriadas, como as certificadas com fotoproteção, calças e um chapéu de abas largas; evitar a exposição solar e permanecer na sombra das 10 às 16h (no Nordeste a partir das 9h00); usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou de diversão, com fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo, e reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre.
Por Redação Jornal de Brasília