Jair Messias Bolsonaro, o deputado que com quase 30 anos de câmara que não tinha uma “turminha” para beber whiskey em algum restaurante caro de Brasília ao final do expediente. Que fazia protesto pró-armamento sozinho em frente à Câmara dos Deputados. Que foi flagrado discursando, também sozinho, no plenário dessa mesma casa. Sozinho. Esse é o perfil de Bolsonaro no meio político. Suas ideias foram consideradas caricatas ou estapafúrdias por incontáveis vezes, tanto que em sete mandatos consecutivos, conseguiu aprovar apenas dois projetos, por falta de apoio, por destoar do restante dos integrantes de egos inflados. Jair Bolsonaro, resumidamente era um membro do baixo clero: sem destaque, sem poder e sem apoio, o que anos depois ele transformou em ativos de sua campanha presidencial. Jair Bolsonaro protestava sozinho contra o desarmamento em frente ao Congresso, em 2005
Com apenas 8 segundos da campanha de 2018, Bolsonaro foi conquistando uma multidão e sem participar de debates por ter sofrido um atendado, até hoje sem solução. O brasileiro, que já estava cansado de tantos escândalos de corrupção, buscava um candidato com identificação de valores, não importa se este tinha a menor ou maior fatia do tempo na TV, ele só queria não ser mais roubado. O que Bolsonaro não esperava era a força que suas palavras, ignoradas por colegas da Câmara, ganhariam tanta força nas redes sociais, onde a campanha presidencial teve grande força.