Ex-ministro está em domiciliar por ter sido contaminado pela covid-19
O Ministério Público Federal (MPF) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 31, uma petição em que pede a revogação da prisão domiciliar do ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA). Em julho de 2020, a Corte converteu a execução da pena em prisão domiciliar humanitária com monitoração eletrônica, em virtude do agravamento geral de sua saúde.
De acordo com a subprocuradora-geral da República Londôra Araúho, “passado mais de um ano desde a concessão da prisão domiciliar, tem-se por presumível que Geddel Quadros Vieira Lima tenha sido vacinado contra a covid-19, tanto em razão de sua idade quanto por ser portador de comorbidades”.
Lindôra ainda acrescenta que a população carcerária consta como grupo prioritário no Plano Nacional de Vacinação contra a doença causada pelo novo coronavírus, “razão pela qual é possível considerar baixo o risco de contágio nos estabelecimentos prisionais”.
Histórico
Conforme noticiou Oeste, a 2ª Turma do STF derrubou a condenação por associação criminosa que havia sido imposta a Geddel e a seu irmão, o ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima.
No entanto, a condenação por lavagem de dinheiro foi mantida. Com isso, a pena dos políticos reduziu-se em um ano e meio; a da Geddel caiu de 14 anos e dez meses para 13 anos e quatro meses, enquanto a de Lúcio caiu de dez anos e meio para nove anos.
A ação penal que levou à condenação dos dois, em outubro de 2019, refere-se ao bunker encontrado em um imóvel da família em Salvador, local onde a Polícia Federal descobriu R$ 51 milhões.