Por Kátia Burko
Processos democráticos são sempre muito dolorosos. Opor-se a sistemas opressores e dar o grito de liberdade é sempre muito difícil.
Pensar cansa, e mudar cansa mais ainda. Temos um cérebro preguiçoso, cujo peso corresponde a cerca de 1,5 a 2% do peso corporal, mas utiliza cerca de 20 a 25% da energia com a qual nos nutrimos. Então, por mais difícil que seja a nossa realidade, acaba tornando-se mais fácil conformarmo-nos com ela, do que tentarmos mudá-la. Isso vale para os relacionamentos pessoais, profissionais, e vale para todos os sistemas nos quais estamos inseridos – inclusive a política e o sistema judiciário.
Olhar para a realidade, aprofundar-se nela, informar-se, estudar sobre ela é cansativo…então nos acomodamos e vamos sendo literalmente “cozidos” aos poucos, sem perceber. Exatamente como acontece na conhecida parábola do sapo, que vai morrendo aos pouquinhos na panela….
É isso o que está acontecendo com a gente, com o nosso país, com a democracia com a qual tanto sonhamos, e com a liberdade que há exatos 199 conquistamos.
Em 1822 demos o grito de liberdade contra uma outra nação. Éramos poucos, e a nação contra a qual nos opusemos era poderosa. Mas conseguimos. E a partir daí começamos a escrever nossa própria história.
Naquela época éramos apenas 4,7 milhões de pessoas, e quem nos oprimia era uma nação inteira. Hoje, 199 depois, somos 213 milhões de brasileiros, e quem nos oprime é uma pequena casta de pessoas. Justamente quem mais deveria nos proteger e nos defender: onze ministros de um tribunal, e um presidente de outro tribunal que insistem em manter a população a cada dia mais cativa, a cada dia com mais medo, a cada dia sentindo-se mais impotente, a cada dia com menos voz…
Doze ministros que fazem suas próprias leis, desrespeitando todos os princípios que norteiam os sistemas jurídico e democrático brasileiros, e desrespeitam a vontade da população, e que, de uma forma silenciosa, estão instituindo a censura, o cerceamento de defesa, de liberdade e o comunismo no nosso país.
Passaram-se 199 anos e percebemos que ao invés de avançarmos, nós retroagimos. Retroagimos, erramos, e estamos errando todos os dias. Falhamos e estamos falhando todos os dias com os nossos filhos, com os nossos netos, com as futuras gerações. Estamos condenando nossos descentes à submissão, à pobreza, à doença e à infelicidade. E estamos desonrando aqueles que em 1822 lutaram para que nós tivéssemos um país livre.
Mas chegou a hora de reajustarmos a rota. Chegou a hora de dominarmos nosso cérebro preguiçoso, de sairmos da zona de conforto em que estamos, de deixarmos o medo do enfrentamento de lado! Chegou a hora de lutarmos em direção à nossa liberdade, novamente! Não mais contra uma nação européia, mas sim contra os 11 ministros que comem lagostas, camarões rosas e bebem vinhos cujas garrafas custam mais que o salário mensal de um trabalhador – todos pagos com o dinheiro das pessoas que morrem nos corredores de hospitais por falta de leitos, de exames ou de remédios, todos os dias – e contra o ministro que insiste em proibir a população de ter o comprovante do seu voto e de participar da contagem deles nas eleições.
A luta é dolorosa, mas é necessária. A luta é dolorosa e cansativa!
A luta é pela Nova Independência do Brasil e dos brasileiros!
A luta é pelo voto impresso com contagem pública, e pela saída dos Ministros do STF!
A luta é minha, é sua, é nossa! A luta é de cada pessoa que ama nosso lindo país!
Dia 07 de setembro venha com a gente!